CÃES NA TRILHA!
- trilhauemg
- 20 de abr. de 2015
- 3 min de leitura
Olá amigos!
Conforme prometido, hoje vou falar um pouquinho sobre os cachorrinhos que encontrei no último campo noturno, e de outros cães que encontro diariamente no Campus UEMG-Ibirité.
Desde quando me mudei pra Ibirité, tenho percebido a quantidade de cães abandonados pelas ruas. Não sei se isso tem ocorrido em todos os lugares (outras cidades) e tal, mas percebi uma grande diferença comparada a cidade que estava antes. Já ouvi comentários de diferentes pessoas, seja moradores, funcionários, de ver pessoas trazendo seu animal doméstico (cães e gatos) que muitas vezes estão doentes, para o Campus, ou em áreas de matas e abandoná-los. Também não sei se isso ocorre, pois nunca ví, mas não duvido... Mas ver esses animais abandonados e pensar sobre tudo isso, me dá uma tristeza enorme e me vem sempre o pensamento "do que posso fazer pra ajudar", mesmo que seja escrevendo esse texto de "desabafo"... Talvez eu possa fortalecer esse pensamento com vocês e quem sabe um dia reduzirmos o número de abandono desses animais por aqui. Além desses animais estarem abandonados, doentes, sem um lar, sentindo fome, frio, dor, solidão e dentre outras coisas, existem diversos problemas, quando relacionamos o uso da mata por esses animais domésticos. Veja alguns exemplos:
1. A fauna da Trilha Interpretativa FHA-UEMG é formada por muitos animais silvestres que vivem nas matas e arredores. Vários desses animais são endêmicos e vivem em equilíbrio entre si e a flora do Campus. Os animais domésticos se tornam invasores desse bioma. 2. Os gatos e cachorros são predadores dos pequenos animais silvestres. São os principais predadores de pássaros e pequenos roedores (caxinguelê). 3. Os animais silvestres são hospedeiros de diversos parasitas, bactérias e vírus que podem fechar o ciclo patogênico com os gatos e cachorros que também hospedam microrganismos. 4. A consequência da mistura de animais domésticos com silvestres é o aparecimento de doenças nos últimos transmitidos pelo primeiro e vice-versa. Isso contribui para a morte de muitos animais silvestres. 5. Um fator de gravidade é a transmissão de zoonoses, que são doenças transmitidas dos animais para o ser humano. Por isso em muitos Parques e Unidades de Conservação não são permitidos a entrada de animais domésticos.
O ponto positivo nessa história toda é que a maioria dos cães que aparecem aqui no Campus são bem tratados. Muitos funcionários e alunos se preocupam com eles. Os animais recebem ração, água, um pedacinho de pão... etc. Muitos já foram adotados por alunos, já ví duas professoras pegando um cachorrinho doente, machucado e levando ao veterinário e depois arrumando um lar para eles. Na minha casa tem uma cadelinha e uma gatinha que adotamos da rua. Atitudes como essas fazem muita diferença, e acredito muito na adoção! Todo animal merece ser respeitado e bem tratado. Mas também é preciso pensar MUITO antes de ter um em casa, para evitar abandonos no futuro.
Mas mesmo com esses pontos positivos que citei, ainda é preciso fazer muito mais. Por isso resolvi postar esse longo texto e pedir a ajuda de vocês! Todo semestre nascem muitos cachorrinhos e a família só aumenta... Quem puder ajudar de alguma forma, seja adotá-los, divulgar para um amigo que tenha interesse, alguém que participe de ONGs, veterinários que possam castrá-los, etc... Já é o começo, e toda ajuda será super bem vinda!
As fotos que coloquei aqui são das últimas duas cadelas que tiveram cria. Felizmente a maioria dos filhotinhos foram adotados. O filhote bege/amarelo, da cadela de pelagem rajada, foi morto atropelado por um carro na semana passada. O outro filhote de pelagem rajada é uma fêmea e está disponível para adoção. Quem tiver interesse, pode entrar em contato comigo! Daqui alguns dias teremos filhotes de outra cadela que dará cria, e farei a divulgação por aqui.
De qualquer forma, agradeço muito a atenção de todos vocês!!







Comments